A palavra portuguesa “catecismo” é derivada do verbo Grego katēchēo, “entoar em voz alta, ensinar oralmente, instruir pela boca”. Este termo tinha originalmente a ideia de “falar para baixo ou por cima”, ou seja, de atores num palco elevado. É uma composição da preposição kata, “para baixo, por toda parte, completamente”, e do verbo ēchēo, “soar”, a fonte da nossa palavra portuguesa “eco”. Parece haver nesta etimologia a ideia de uma resposta responsiva. Catequese tem a conotação de instrução oral completa ou repetida, e é apenas um dos vários termos relacionados para instrução ou ensino encontrado nas Escrituras. O termo em si ocorre oito vezes no Novo Testamento (duas vezes como “informado”, em Atos 21:2, 24, referindo-se à informação boca-a-boca):
“Para que conheças a certeza das coisas de que já estás catequizado” (Lucas 1:4).
“Este era catequizado no caminho do Senhor e, fervoroso de espírito, falava e ensinava diligentemente as coisas do Senhor” (Atos 18:25).
“E sabes a sua vontade e aprovas as coisas excelentes, sendo catequizado por lei” (Romanos 2:18).
“Todavia eu antes quero falar na igreja cinco palavras na minha própria inteligência, para que possa também catequizar os outros, do que dez mil palavras em língua desconhecida” (1 Coríntios 14:19). “E o que é catequizado na palavra reparta de todos os seus bens com aquele que o catequiza” (Gálatas 6:6).
***
Que situação diferente existiria hoje em nossas famílias e na sociedade em geral, se a maioria tivesse sido instruída com um catecismo sadio! Um clima moral diferente prevaleceria, um abençoado ponto de contato com a verdade do Evangelho já teria sido implantado na mente e no coração. Hoje nós vivemos em uma sociedade abertamente secularizada onde muitos homens e mulheres não têm nenhuma crença em Deus ou em um conceito de verdade qualquer que seja. Nada existe em seus corações ou mentes para evitar a sua queda em mergulho para a impiedade e imoralidade. Ao mesmo tempo as barreiras espirituais e morais necessárias não foram erguidas e implementadas com o uso de um catecismo sadio em grande parte da sociedade.
O que dizer da atual falta, ou até mesmo, do desprezo pela verdade doutrinária entre os Cristãos professos? Um verdadeiro e completo conhecimento das Escrituras é um conhecimento doutrinário. A menos que nós cheguemos a um conhecimento doutrinário da Escritura, o nosso conhecimento necessariamente permanecerá em um determinado tamanho parcial, inadequado e, muitas vezes, bastante inconsistente. Nós devemos conhecer a Bíblia doutrinariamente e devemos conhecer a nossa doutrina biblicamente. Este é o objetivo da catequese.
E o que dizer de nossas igrejas? A tendência atual em direção à mera tradição, ao mundanismo, ao subjetivismo e o irracionalismo é em grande parte o resultado da terrível ausência da verdade, verdade acreditada e inculcada através da pregação e do uso de um catecismo sadio. Que diferença seria vista em nossas igrejas hoje se nossos pais tivessem sido fiéis em catequizar esta presente geração! Numa época que questiona toda a autoridade, desafia a veracidade da Escritura e em grande parte se recusa a ouvir a pregação bíblica com autoridade do púlpito, um fundamento bíblico e doutrinário sólido é extremamente necessário. Que diferença será vista se nós mesmos revertêssemos este triste desvio da prática bíblica e começássemos sistemática, amorosa e pacientemente a instruir e doutrinar esta geração! Não seria isto por si mesmo um verdadeiro avivamento?
— William R. Downing","bookFormat":"EBook","publisher":{"@type":"Organization","name":"O Estandarte de Cristo"}}
Um Catecismo de Doutrina Bíblica, por W. R. Downing
O Termo “Catequizar”
A palavra portuguesa “catecismo” é derivada do verbo Grego katēchēo, “entoar em voz alta, ensinar oralmente, instruir pela boca”. Este termo tinha originalmente a ideia de “falar para baixo ou por cima”, ou seja, de atores num palco elevado. É uma composição da preposição kata, “para baixo, por toda parte, completamente”, e do verbo ēchēo, “soar”, a fonte da nossa palavra portuguesa “eco”. Parece haver nesta etimologia a ideia de uma resposta responsiva. Catequese tem a conotação de instrução oral completa ou repetida, e é apenas um dos vários termos relacionados para instrução ou ensino encontrado nas Escrituras. O termo em si ocorre oito vezes no Novo Testamento (duas vezes como “informado”, em Atos 21:2, 24, referindo-se à informação boca-a-boca):
“Para que conheças a certeza das coisas de que já estás catequizado” (Lucas 1:4).
“Este era catequizado no caminho do Senhor e, fervoroso de espírito, falava e ensinava diligentemente as coisas do Senhor” (Atos 18:25).
“E sabes a sua vontade e aprovas as coisas excelentes, sendo catequizado por lei” (Romanos 2:18).
“Todavia eu antes quero falar na igreja cinco palavras na minha própria inteligência, para que possa também catequizar os outros, do que dez mil palavras em língua desconhecida” (1 Coríntios 14:19). “E o que é catequizado na palavra reparta de todos os seus bens com aquele que o catequiza” (Gálatas 6:6).
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Que situação diferente existiria hoje em nossas famílias e na sociedade em geral, se a maioria tivesse sido instruída com um catecismo sadio! Um clima moral diferente prevaleceria, um abençoado ponto de contato com a verdade do Evangelho já teria sido implantado na mente e no coração. Hoje nós vivemos em uma sociedade abertamente secularizada onde muitos homens e mulheres não têm nenhuma crença em Deus ou em um conceito de verdade qualquer que seja. Nada existe em seus corações ou mentes para evitar a sua queda em mergulho para a impiedade e imoralidade. Ao mesmo tempo as barreiras espirituais e morais necessárias não foram erguidas e implementadas com o uso de um catecismo sadio em grande parte da sociedade.
O que dizer da atual falta, ou até mesmo, do desprezo pela verdade doutrinária entre os Cristãos professos? Um verdadeiro e completo conhecimento das Escrituras é um conhecimento doutrinário. A menos que nós cheguemos a um conhecimento doutrinário da Escritura, o nosso conhecimento necessariamente permanecerá em um determinado tamanho parcial, inadequado e, muitas vezes, bastante inconsistente. Nós devemos conhecer a Bíblia doutrinariamente e devemos conhecer a nossa doutrina biblicamente. Este é o objetivo da catequese.
E o que dizer de nossas igrejas? A tendência atual em direção à mera tradição, ao mundanismo, ao subjetivismo e o irracionalismo é em grande parte o resultado da terrível ausência da verdade, verdade acreditada e inculcada através da pregação e do uso de um catecismo sadio. Que diferença seria vista em nossas igrejas hoje se nossos pais tivessem sido fiéis em catequizar esta presente geração! Numa época que questiona toda a autoridade, desafia a veracidade da Escritura e em grande parte se recusa a ouvir a pregação bíblica com autoridade do púlpito, um fundamento bíblico e doutrinário sólido é extremamente necessário. Que diferença será vista se nós mesmos revertêssemos este triste desvio da prática bíblica e começássemos sistemática, amorosa e pacientemente a instruir e doutrinar esta geração! Não seria isto por si mesmo um verdadeiro avivamento?