Este livro procura registrar a caminhada da sociedade civil brasileira e latino-americana, cujas ONGs batem nas portas dos governos. Refazemos os passos da mobilização individual coletiva, a exemplo do Movimento Popular de Saúde e da Fitoterapia em Serviço Público e dos Agentes Populares de Saúde, numa articulação que já realizou dois Seminários Latino-Americanos de Medicina Tradicional (SemLA-MT) em sistemas formais de saúde: Peru (1988) e Santo Domingo (1992).
Os oito capítulos desta obra retomam um engajamento cidadão na pesquisa / ensino / extensão universitária: 1. A Natureza da gente; 2. Plantas medicinais, recursos em saúde - Itambé (PE) e Pedras de Fogo (PB); 3. Fitoterapia, conhecimento e serviço público; 4. Da Etnobotânica à complexidade fitoterápica; 5. Da cultura fitoterápica; 6. Antropologia do mundo das plantas medicinais; 7. Do saber popular ao científico sobre plantas nas práticas de saúde; 8. Experiência mexicana no estudo integrado de plantas.
São trabalhos feitos por iniciativa pessoal, mas realizados com a colaboração individual e institucional de colegas e de todo os informantes citados. Que cada um encontre aqui reconhecimento e gratidão pelas valiosas colaborações interdisciplinares.
Esta nova Antropologia complexa, aplicada à cura pelas plantas (Fitoterapia), fundamenta e relança a bandeira das plantas medicinais: por decretos a categoria de remédio, do domínio público ou popular, tende a tornar-se categoria de medicamentos - domínio privado. “É a oportunidade do renascimento do processo de fusão do saber do povo com o saber do técnico” como afirma o Professor F. J. de Abreu Matos no Prefácio da publicação: A Fitoterapia no SUS e o Programa de Pesquisas de Plantas Medicinais da Central de Medicamentos” (MS, Brasília, 2006, p. 7).
Autor e obras recentes
José Maria Tavares de Andrade estudou Filosofia em Olinda e Recife, foi jornalista (Revista Cruzeiro e Veja) e pesquisador da cultura popular junto a Mauro Motta (Fundação Joaquim Nabuco), Hermilo Borba Filho e Ariano Suassuna, desenvolvendo o projeto Música Popular Religiosa (DEC-UFPE, 1967-70) que está na origem do Movimento de renovação litúrgica de Ponte dos Carvalhos - Cabo (PE) e do Movimento Armorial. Bolsista da Universidade Católica de Louvaina (Bélgica) entre 1970-73 obteve o título de Mestrado em Sociologia e em Linguistica. Fez doutorado em Antropologia com Roger Bastide (Sorbonne - Paris III, 1967) e Pós-Doutorado em Epistemologia da Complexidade com Edgar Morin (EHESS, 1989). Ensinou em Londrina (1973-78) e na UFPB até 1994, atuando na Extensão Universitária junto ao pioneiro Centro de Defesa e Direitos Humanos, fundado por Dom José Maria Pires e atua na ONG AGEMTE (PB). Criou a Disciplina Antropologia da Saúde/Doença e o Grupo Interdisciplinar de Plantas Medicinais, ensinando e pesquisando no Mestrado em Ciências Sociais da UFPB. É pesquisador do Institut de recherche interdisciplinaire sur les sciences et la technologie, Université de Strasbourg - França deste 1994 e responsável pelo Seminário de Etnomedicina tavares@unistra.fr.
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Triângulo ABC da complexidade;
Quéssia, divindade homem-planta (vol. I)
Quéssia voltou (vol. II);
José os seus e o mundo - Auto exo ecobiografia;
Galeria pessoal;
Carta baralho.
Coleção Antropologia Brasileira:
MAGIA: SAÚDE E RELIGIÃO (volumes I);
MAGIA: SAÚDE E RELIGIÃO (volumes II);
POVO DA FLORESTA, CAMPONESES E PIONEIROS;
Raízes de cultura popular (volumes I);
Raízes de cultura popular (volumes II);
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