Cheio de reminiscências (característica de quem é melancólico por natureza), o narrador nos transporta a um mundo extremamente detalhista (não poderia ser diferente!) e, paradoxalmente, pulsante, vívido. Ele vai naturalmente encontrar na viagem e no meio que os cercam, uma oportunidade única para viver experiências e emoções até então lhe negado por ele sempre ter sido exatamente avesso à elas. Ele vai encará-las como uma chance rara de ser mais humano e aceitar quem ele realmente é, quer goste ou não do seu jeito de ser.
De fato, o caçador à que o título do livro se refere é ele, o narrador (um caçador de si mesmo e de quem ele realmente é), não o seu companheiro de viagem, o velho caçador de animais, que lhe servirá, ao longo da jornada, como um contrapeso para a sua personalidade aflita e ansiosa. O velho é o ponderador das suas aflições.
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