Há algumas razões evidentes para o apelo das ideias anarquistas no início do século XXI: a mais óbvia, os fracassos e as catástrofes resultantes de tantos esforços para suplantar o capitalismo assumindo o controle do aparato governamental nos cem anos anteriores. Um crescente número de revolucionários começou a reconhecer que “a revolução” não virá na forma de um grande momento apocalíptico, a tomada de um equivalente global ao Palácio de Inverno, mas na de um processo muito longo que vem ocorrendo durante a maior parte da história humana (ainda que, como a maioria das coisas, venha se acelerando ultimamente), repleto de estratégias de fuga e evasão tanto quanto de confrontos dramáticos, que jamais irá – aliás, jamais deverá, sente a maioria dos anarquistas – chegar a uma conclusão definitiva. Brochura com 105 páginas, no formato 14X21cm;