MARTYRIO D'UM ANJO Despontara risonho o dia 23 de maio de 1856. Era profundo o anil do cçu. Nem uma nuvem sequer toldava o puro azul do firmamento, nem um sñpro de desgosto vinha embaciar o prisma da felicidade humana. Tudo era bulicio, vida, amor!” A natureza, revestida das magnificentes pompas da primavera, desentranhava-se em flores e fructos, revelando mais e mais a grandeza e omnipotencia do Creador, que avulta tanto no mais humilde insecto, como no mais esplendido organismo. Folgava a toutinegra no raminho frondente, dizendo-se ternos amores com o emplumado rouxinol, cujo canto mavioso repercutia em echos longinquos o idyllio melancolico da creaåáo