Trago palavras, um pouco de encantamento e boas inquietações. Trago minhas épocas de poucas brincadeiras e muitas dificuldades; de sensibilidade, de esperança e de perseverança. Trago minhas histórias e venho crescendo, amanso o tempo, aprendo a dançar e fazer desenhos tortos. Venho lendo os genes da terra e o gene da luz, ouço e sigo missões, sopradas no pé do ouvido. Trago as palavras dos olhos da natureza: as vestes do céu, das águas borbulhantes e das noites azuis; os cheiros do mato cortado, da terra encharcada e das torradas cheirosas saídas do forno; os sons dos passos firmes, dos ecos trêmulos e dos bumbores no peito; os animais, o vento da chuva na pele, o brilho dos vapores da estrada -da alma.