17 de Novembro de 1942. Lisboa. Portugal. Numa única e interminável noite, enquanto refugiados de toda a Europa esperam a partida do navio Boa Esperança para se porem a salvo dos nazis, a gesta do Cônsul argentino é o crivo em que se entrecruzam, como num folhetim, as «histórias mais secretas» de um período sem par na História. Pode uma longa e intensa noite marcar e mudar irreversivelmente a história de um conflito? Podem a fadista Amália, o casal Tânia e Enrique Santos Discépolo, o Cônsul argentino, o misterioso Ricardo De Sanctis que assegura ser banqueiro e «refugiado pessoal» do Patriarca de Lisboa, ser personagens principais do momento em que tudo parece mudar? Encrespado de sentimentos, emoções e paixões, excessivo como todos os melodramas, prodigioso na criação de ambientes e intensamente atractivo nas confissões que as personagens vão Trocando, Lisboa. Um Melodrama tem a precisão arquitectónica de uma ambiciosa peça teatral e musical, de cujo imenso coro emergem os solistas para fazer ouvir os seus desejos e padecimentos. Uma verdadeira ficção que parte de personagens reais e vibra com a cadência sentimental e melancólica do fado e do tango.