A escrita que se enreda nas teias dos olhares disformes, dos que tocam e não conhecem, dos que provam e se afastam sem conhecer. Dos que conhecem e não tocam, não provam, não existem. Um grito que revela: Estou aqui! Sintam-me. Um grito que declara: Errei! Perdoem-me. Um grito que confessa: Desisto…todos os dias para saborear o recomeço.
A busca consistente. As palavras dispersas por todo lado. A realidade por toda a parte. O que está à vista e só alguns, escassos, alcançam. O passado. O presente e a vacuidade do futuro. O não pensamento pelo amanhã. O enaltecer de vários que é só um.
Menino. Rapaz. Homem. Apaixonado. Amado. Magoado. Feliz. O conto de uma viagem em pequenos excertos, que faz a curta-metragem, o festim carnal, o corpo e só o corpo. A alma resguardada da sujidade, do não entendimento. O olhar do pecado que se explica com pecado. O descanso, o sofá, o apelo aos sentidos. O fim que pode bem ser o início de um novo olhar na vida
Vejo-te no canto da sala, feito homem. O corpo no meio de tantos homens e o contemplar de menino. O homem escondido de todos homens e a alma de pequeno a pairar sobre as cabeças da sala. No meio de cadeiras cheias de gente, longe dos cantos vazios de ninguém, o livro. O livro do Diogo Jacinto.
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