Lançado pela Companhia das Letras em 1986, único romance de Zelda Fitzgerald volta às livrarias com novo projeto gráfico. Escrito em um hospital psiquiátrico em apenas seis semanas, Esta valsa é minha é, ao mesmo tempo, um texto autobiográfico, um relato de época e um irrecusável convite para penetrar um universo feminino, alegre e sensível, mas também carregado de desilusões. Num texto denso, Zelda reordena suas ideias através da personagem Alabama Knight: fala da infância à sombra de um pai austero, dos namoros e da adolescência no sul dos Estados Unidos no período entreguerras, da vida com um artista na era do jazz, do sonho de se tornar uma bailarina profissional, das viagens à Europa, das festas e do álcool. Imagens inusitadas e a visão de um vazio cortante pontuam a narrativa de Zelda, uma mulher fascinante que, a exemplo de seu alter ego, jamais se conformou em ser apenas esposa de F. Scott Fitzgerald. Enquanto ele trabalhava em Suave é a noite - que muitos críticos consideram sua obra-prima -, Zelda preparava sua própria versão daquela mesma história.