Quando cheguei em Luanda me deparei com uma cidade sem iluminação pública nas ruas, onde enfrentávamos cerca de 10-15 cortes de eletricidade diários e onde produtos alimentícios dentro do prazo de validade eram comercializados a preço de ouro aos corajosos estrangeiros que acabavam de começar, timidamente, a entrar no país.
Não preciso dizer que o preço de uma ligação internacional para o Brasil valia uma fortuna e que era necessário muita sorte para conseguir uma ligação estável e clara. Tínhamos celulares bastante ruins que forçavam que a comunicação local fosse geralmente via SMS. A Internet, ainda dial-up, se cortava incontáveis vezes ao dia e fazia com que o ritmo de trabalho fosse ... “diferente”.
Com este panorama acho que fica fácil entender a necessidade de criar uma forma alternativa de comunicação. Eu tinha que manter contato com meus amigos e família e como as formas tradicionais pareciam não ser uma opção, tive que criar os famosos (pelo menos entre meus amigos) Contos Angolanos.","bookFormat":"EBook","publisher":{"@type":"Organization","name":"Editora Kiron"}}
Contatos imediatos de um cidadão do mundo: o início da peregrinação
No ano de 2004 os países em desenvolvimento como o Brasil já tinham telefones celulares e internet à cabo de alta velocidade. As pessoas se comunicavam de forma bastante intensa por telefone, email e por MSN Messenger (sensação daquela época).
Quando cheguei em Luanda me deparei com uma cidade sem iluminação pública nas ruas, onde enfrentávamos cerca de 10-15 cortes de eletricidade diários e onde produtos alimentícios dentro do prazo de validade eram comercializados a preço de ouro aos corajosos estrangeiros que acabavam de começar, timidamente, a entrar no país.
Não preciso dizer que o preço de uma ligação internacional para o Brasil valia uma fortuna e que era necessário muita sorte para conseguir uma ligação estável e clara. Tínhamos celulares bastante ruins que forçavam que a comunicação local fosse geralmente via SMS. A Internet, ainda dial-up, se cortava incontáveis vezes ao dia e fazia com que o ritmo de trabalho fosse ... “diferente”.
Com este panorama acho que fica fácil entender a necessidade de criar uma forma alternativa de comunicação. Eu tinha que manter contato com meus amigos e família e como as formas tradicionais pareciam não ser uma opção, tive que criar os famosos (pelo menos entre meus amigos) Contos Angolanos.