Portanto, embora seja um livro em que Saint-Ex elabora toda sua Filosofia sobre a vida, o amor, a troca, o respeito, e sobre deus, não é um “Compêndio Filosófico”. Todo o livro se passa no deserto do Saara, onde fica A Cidadela, cercada de areias por todos os lados, e cujo povo é árabe. É narrado na primeira pessoa, O Rei, ou O Líder, que governa seu povo com ideais mais altos, sempre aconselhando, sempre aprendendo, sempre refletindo sobre tudo que o cerca – o povo, as areias, os inimigos, o poço no oásis salvador. É uma leitura poética, ao longo de suas quase 500 páginas. Um poema sem rimas, mas ainda assim um dos mais lindos poemas do século. E um dos mais importantes livros de Filosofia também.
“Cidadela” é a Obra Prima de Antoine de Saint-Exupéry. Começou a ser escrita em 1936, e em 1944, quando o escritor/piloto foi abatido em voo sobre o Canal da Mancha, ainda não estava concluída. Aos amigos, ele dizia que essa era sua Obra Póstuma. A outros amigos, dizia que estava “escrevendo um poema”. Em 1943 contava com 913 páginas datilografadas. Sempre que estava voando, levava um “cahier”, ou seja um caderno de notas, onde ia escrevendo suas ideias, histórias, filosofia. A cabine do avião estava permanentemente cheia de papeis, notas, páginas, uma verdadeira bagunça literária que vinha desde sua infância, quando a mesa de estudo vivia entulhada de poemas, textos, ideias. A forma em que o livro é escrito é absolutamente única – por um lado, é um livro sobre a Filosofia da vida, do amor, do respeito ao homem e à humanidade, da busca do sublime, do mais elevado em si. Como ele mesmo diz no livro, só vale alguma coisa a vida que é trocada por algo superior a si, como as velhinhas que gastam a vista e a vida fazendo bordados para seu deus, ou o jardineiro que troca sua vida pelas roseiras em flor.
Portanto, embora seja um livro em que Saint-Ex elabora toda sua Filosofia sobre a vida, o amor, a troca, o respeito, e sobre deus, não é um “Compêndio Filosófico”. Todo o livro se passa no deserto do Saara, onde fica A Cidadela, cercada de areias por todos os lados, e cujo povo é árabe. É narrado na primeira pessoa, O Rei, ou O Líder, que governa seu povo com ideais mais altos, sempre aconselhando, sempre aprendendo, sempre refletindo sobre tudo que o cerca – o povo, as areias, os inimigos, o poço no oásis salvador. É uma leitura poética, ao longo de suas quase 500 páginas. Um poema sem rimas, mas ainda assim um dos mais lindos poemas do século. E um dos mais importantes livros de Filosofia também.