...”parece uma coisa à toa, mas como a gente voa quando começa a pensar”. Assim compôs Lupicinio Rodrigues.
Evidencia-se, no entanto, que a mente humana desenvolve o pensamento em duas linhas nítidas e diferentes.
A primeira é na esfera dedutiva, e caminha para a ampliação de conceitos através de dados e de parâmetros preestabelecidos; e, por esta linha se desenvolve o conhecimento.
A segunda linha foge destes parâmetros e divaga por terrenos desconhecidos; terrenos estes, por vezes inverossímeis, mas por vezes reais; ainda que não se prestando à especulação científica.
Através desta segunda linha de pensamento é que se desenvolve a imaginação.
Então, existem conhecimento e imaginação; e ambos são frutos do pensamento.
Coube à sabedoria universal imanente limitar a capacidade humana perante aquilo que nós, homens, denominamos de infinito. E, esta restrição imposta à mente humana nada mais é do que a concessão fornecida para que ela sempre permaneça pensando; ou seja, deduzindo e imaginando. Neste contexto deve ser observada a limitação do conhecimento, e precisa ser admirado o poder maior da imaginação – excetuando-se, claro, as alucinações patológicas.
Afinal, é através da imaginação que o ser humano pode tanger a realidade maior que lhe foge ao conhecimento.
“Imaginar é mais importante do que saber, pois o conhecimento é limitado, enquanto que a imaginação abarca o universo”. (Albert Einstein).
“O conhecimento pode ser fatal. O que fascina é a incerteza. Ela torna as coisas encantadoras”. (Oscar Wilde).
Excetuando-se as alucinações, então parece que imaginação e a fé são grandezas muito próximas e decorrentes do pensamento da mente que atenta para a realidade infinita estampada à porta.