Publicado em 1920, 18 anos depois de Os sertões, de Euclides da Cunha, oferece uma fascinante visão dos diversos episódios que envolvem o beato Antônio Conselheiro, uma das figuras mais controversas da história brasileira em sua ambivalente posição de herói de multidões politicamente reprimidas e/ou de fanático religioso. Este livro conta um dos episódios populares mais fascinantes e trágicos da América Latina. Uma história que sacudiu o Brasil no final do século XIX, a de Antonio Mendes Maciel, o Conselheiro, e de uma multidão que se imolou com ele. Mescla de santo, iluminado e mentor de uma sociedade semiprimitiva, o Conselheiro foi um possuído que congregou milhares de deserdados. Uma história assim não poderia deixar de seduzir o europeu Graham. O mesmo tema já havia dado a base para o famoso clássico de Euclides da Cunha e, em 1981, seria também a base para o importante livro de Vargas Llosa," A guerra do fim do mundo".C. Graham escreveu o livro para o leitor europeu de sua época entender o choque entre o dirigismo da civilização urbana e o misticismo das massas analfabetas e viu a radical impossibilidade de diálogo entre as duas culturas. A versão de Gênese Andrade e Marcela A.C. Silvestre é a primeira para a língua portuguesa.