A poetisa Carmen Cardin considera-se uma Idealista nata; Sonhadora Compulsiva; sorriso constante; alardeando sonhos aos borbotões. No ato de seu atendimento, proferia (des) conexamente palavras atualmente em desuso, tais como: amor, fé, alegria, esperança, ternura e fraternidade, termos obsoletos, de uma cultura remota. Vestia-se de maneira “romântica”, cabelos longos e encaracolados, inusuais, ostentando um aparente torpor, talvez ocasionado por alguma substância naturalmente alucinógena, da qual não conseguimos extrair nenhum resíduo (o que, supostamente, prevíamos encontrar) em seu sangue. Falando em sangue, constatou-se que o da utente era inacreditavelmente rubro e sadio em sua total integridade molecular.