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Poesia como deve ser: doída, parida. A poesia que nasceu para “seguir os dias, enquanto as noites a persegue”. Cada verso seu se amoldou na minha alma, como se eu o tivesse escrito, ou o tivesse pensado, sem a competência de colocá-lo no papel.
Pois, como sua poesia, eu também “mendigo hoje
os ontens que desprezei em cada aurora.
Acho que me vi em cada estrofe, em cada palavra escolhida, em cada dois pontos explicativos. Sua poesia fere, Rosana. Sua poesia, Rosana, foi escrita para que possamos compreender a vida, diluir nossas dores e ainda assim continuar vivendo:
“...Antropofágica, trituro passados.
Sem frutos, sem filhos...
Não deixo rastros. Só desejos de tempos de chuva.” Grande beijo, Henriette Effenberger(escritora)","bookFormat":"EBook","publisher":{"@type":"Organization","name":"rosana banharoli"}}